Engenharia forma mais Mulheres do que Homens

Shinri Kamei - Tray Bien
Krystyna Miles e Shinri Kamei, alunas da primeira turma de engenharia com mais de 50% de mulheres

A Universidade de Dartmouth tornou-se a primeira universidade de pesquisa dos Estados Unidos a formar mais mulheres em engenharia do que homens.

Dados da American Society for Engineering Education (ASEE) afirmam que a média de mulheres formadas na área é de apenas 19% no país, e esse ano, 54% dos formandos do curso de engenharia
da Dartmouth, são mulheres, é a primeira vez que o número de mulheres ultrapassa o de homens em um curso de engenharia nos Estados Unidos.

De acordo com Norman Fortenberry, diretor-executivo da ASEE, ao pensar sobre o assunto, contexto e a oferta de cursos de engenharia, a Dartmouth alcançou um marco e as outras universidades devem agora coincidir com essa conquista. 

A Dartmouth incentiva todos os alunos, de escritores a matemáticos, a fazerem cursos que enfatizem a ciência e tecnologia. A maioria deles acabam escolhendo cursos de engenharia que envolvam projetos, design, mão-na-massa e esses cursos de "entrada" geram uma série de novas invenções, start-ups, e também mais estudantes - tanto masculino quanto feminino - que achavam que não iriam se dar bem na engenharia.

"Temos sido capazes de atrair mais estudantes, e especialmente as mulheres, por deixá-las usar a engenharia para resolver os desafios do mundo real... Elas aprendem rapidamente como suas habilidades de criatividade e engenharia pode fazer uma diferença real." disse Joseph J. Helble, decano da escola de engenharia de Dartmouth.

Talvez o que nos falta no Brasil é exatamente esse incentivo, a oportunidade e possibilidade de por a mão-na-massa, inventar ou inovar, e é realmente uma falta grave, principalmente nas universidades que tanto zelam para "aprendermos" a desenvolver páginas de cálculo (sem saber muitas vezes a aplicação no mundo real) e a prática que seria o exercício ideal para a função deixam a desejar.