Por que as Mulheres Abandonam a Engenharia?

As mulheres que entram numa faculdade pretendendo ser engenheiras permanecem na profissão por menos tempo que os homens. Por quê isso? Um estudo realizado em 2016, traz algumas motivos para tal. 

Embora várias razões tenham sido oferecidas no passado, um estudo de coautoria de uma socióloga do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) desenvolveu uma nova explicação: As dinâmicas negativas que o grupo de mulheres tendem a experimentar durante os projetos de trabalho em equipe torna a profissão menos atraente, ou, sendo mais específica, concluem o estudo.

As mulheres muitas vezes se sentem marginalizadas, especialmente durante os estágios, oportunidades de trabalho de verão ou atividades educacionais em equipe. Nessas situações, a dinâmica de gênero parece gerar mais oportunidades para os homens trabalharem nos problemas mais desafiadores, enquanto as mulheres tendem a receber tarefas rotineiras ou tarefas de simples gestão.

Nesses cenários, “o gênero faz uma grande diferença”, diz Susan Silbey, professora de Humanidades, Sociologia e Antropologia no MIT, e coautora de um artigo publicado detalhando o estudo.

Então, como resultado de suas experiências, as mulheres que desenvolveram uma grande expectativa para sua profissão - esperando causar um impacto social positivo como engenheiras - podem se desiludir com suas perspectivas de carreira. "É um fenômeno cultural", acrescenta Silbey, sobre a forma como este problema de dinâmica de grupo surge em uma variedade de pontos-chave durante a formação dos alunos.

Bom, a pergunta que fica é: será que com a busca cada vez mais constante por igualdade e criação de programas para inserir a mulher no STEM, essas diferenças ainda são sentidas em sala de aula? Ou já estamos em processo de mudança?

Foto de Tirachard Kumtanom no Pexels

O artigo, intitulado "Persistence is Cultural: Professional Socialization and the Reproduction of Sex Segregation,", foi impresso no jornal Work and Occupations. Os autores são: Susan Silbey, autora correspondente; Carroll Seron, professora da Universidade da Califórnia em Irvine; Erin Cech, professora assistente da Universidade da California em San Diego; e Brian Rubineau, professor associado da Universidade McGill.

Para ler o artigo completo acesse: MIT News